quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

 amor de mãe
Enquanto muitas pessoas pagam caro por um animal de raça, eu optei por adotar um animal que precisava do meu carinho, cuidados e amor.


Pelas palavras da Dra Lúcia Elena vocês vão conhecer a luta pela sobrevivência  da minha gatinha Eva em sua coluna no jornal local de Búzios/RJ, Primeira Hora - Mundo Pet,  publicada em 2007.

A gatinha

Minha euforia foi tanta ao revê-la, que esqueci-me de perguntar-lhe o nome.
A gatinha da foto foi recolhida do meio da Av. Bento R. Dantas, em local rodeado de mato, de ambos os lados.
Eu voltava da Rasa, e avistei-a deitada no meio do asfalto. Como me pareceu que estivesse viva, parei o carro um pouco mais à frente e voltei à pé para verificar. E, para a minha surpresa, estava. Mas, os carros vinham à toda velocidade, e eu não conseguia pará-los. A gatinha tentou se levantar, e aí entrei em pânico, pois ela poderia ser esmagada diante dos meus olhos! Quando então, surgiu um homem de bicicleta, que vendo meu desespero, conseguir segurar a gata com um dos pés, em seguida surgiram 4 motoqueiros que pararam o trânsito, e consegui pegar a bichinha, praticamente morta.
Entrei no carro, e no caminho tentei imaginar como a gatinha, de pouco mais de 1 mês de idade, fora parar naquele lugar tão ermo. Com certeza, colocaram-a no mato (fazem muito isso com filhotes de gato), e ela, tão bebê, não conseguiu ‘se virar’, e caminhou até cair esgotada, no meio da rua. Pobre gatinha, deve ter passado muita fome, medo, e frio. Chegou bastante doente e desnutrida. Cheia de feridas que pareciam picadas de formiga.
Recuperei-a, e uma bela moça a adotou.
Não tive mais notícias, até que este rapaz, marido da jovem citada, me apareceu na clínica com ela, dizendo que ela é a alegria da casa, e que por ela é apaixonado. E, que não sabia que gato é um animal tão especial.
A cada dia aprendo mais com os animais. Aprendo que eles vivem o momento, e que não se prendem à tragédias passadas. Que só a dor física pode lhes afetar o humor. Que ficam tristes, mas que nem por isso tratam mal seus amigos. E, acima de tudo, que precisam de muito pouco para serem felizes. Até breve.
E, com certeza, eles sabem que às vezes, vale a pena sofrer.